Há exatos 30 anos os Smiths lançaram "The Queen is Dead". Com o ar do tempo, terceiro álbum do quarteto de Manchester, que acabaria no ano seguinte depois de lançar apenas mais um disco de estúdio, acabou sendo visto não só como o melhor trabalho deles, como também um dos mais importantes da história do rock.
Especialmente na Grã Bretanha, o trabalho aparece com cada vez mais destaque quando os críticos se reúnem para eleger os melhores discos de todos os tempos.
Em uma dessas enquetes mais recentes, a feita pela revista Uncut no início deste ano, ele ficou em oitavo lugar. Já o NME foi ainda mais ousado e o colocou no topo de sua lista publicada em 2013 - a cada década o semanário realiza uma eleição do tipo.
O fato é que, "The Queen is Dead" pode mesmo ser considerado o grande disco da banda, até porque o outro grande concorrente, "Hatful Of Hollow" de 1984, não é considerado um "disco de estúdio" (ele traz um apanhado de sessões para a BBC e músicas lançadas em single).
Do lado musical, Johnny Marr também se mostra inspiradíssimo, criando a moldura sonora ideal para cada uma de suas dez faixas. Finalmente, com Stephen Street eles encontraram um produtor que os entendia e os soube captar de maneira adequada - um problema que sempre afligia a banda.
Para marcar a data, a versão online do NME, compilou uma série de depoimentos com artistas falando sobre sua faixa favorita do álbum - de forma a termos uma pessoa, incluindo membros da banda e o produtor Street, comentando cada uma de suas músicas.
The Smiths Johnny Marr em foto clássica dos anos 80
Mas, a se julgar pelas músicas do disco que ele mais cantou ao vivo em sua carreira solo, é possível dizer que "There Is A Light That Never Goes Out" seja a sua favorita (segundo o site Setlist FM ele já a cantou 165 vezes - "The Queen Is Dead" vem em segundo com 113). Por outro lado, "Frankly, Mr. Shankly e "Never Had No One Ever" são as únicas de suas músicas que ele jamais cantou em um de seus shows.